Capítulo I, Primeira Tragédia

sexta-feira, maio 27, 2011
Três anos se passaram desde a revelação.

Diplomacias foram feitas. Acordos. Progresso por nossa parte. Ajuda da parte deles. O mundo acolheu os condenados debaixo da sua asa e eles nos acolheram. Melhoria nos bairros em que eles habitavam. Ana Rosa, Vila Mariana, arredores da Paulista, e vários outros, inclusive no interior do estado. Eles estavam comprando terrenos, grandes pedaços de terra e chamando os melhores engenheiros e arquitetos para construir condomínios para eles. Papai era um deles. Há mais ou menos seis meses ele estava trabalhando com os lobisomens numa fazenda em Amparo. Ele passava, no mínimo, três dias por semana lá. Ele e uma equipe de profissionais bem capacitados.

Os vampiros compartilhavam conosco os seus bancos de sangue, os imortais as suas histórias, os lobisomens e metamorfos os conhecimentos que não tínhamos. Parecia que ETs invadiram o nosso planeta e resolveram nos presentear com sua experiência. Até mesmo uma revista havia sido criada apenas para as fofocas do mundo sobrenatural, ou assim diziam.

Gil, o nosso motorista disse que isso era a calmaria antes da tormenta. Mesmo anos depois disso, eu imagino se ele estava certo. Provavelmente.

Estava tudo bem, até aquela noite sete anos atrás.

- Ciel, o que você acha de pular o nosso jantar de hoje? E permanecemos em casa com comida chinesa?

Nós havíamos acabado de sair do cinema, era a nossa rotina de sábado à noite. Papai e eu assistíamos a um filme, jantávamos fora e voltávamos pra casa. Aquele dia foi sábado, então nada mudou. Eu me arrumei, e fomos assistir Procurando Nemo. Nós rimos, eu quase chorei. Mas tudo bem, ao fim do filme, nós fomos embora, meu estômago vibrando de ansiedade por um lanche do Mc.

- Mas, papai, nós nunca pulamos o ritual de sábado à noite! – eu rebati, virando-me para ele no banco do passageiro. Era ele quem dirigia hoje, Gil estava de folga, sua mulher, Jussara, estava no hospital em trabalho de parto e papai lhe dera o fim de semana de folga para ficar com a mulher e seu bebê recém nascido. Nós os visitaríamos amanhã de manhã, já até compramos presentes para a Ana Carolina, estavam no porta-malas. Era tudo cor-de-rosa e amarelo.

Ele havia escolhido a maioria das peças, o que era engraçado uma vez que ele é homem e a tendência é que no geral, eles não tem dedo para isso. Mas acho que com o passar dos meus anos com Nana, a nossa governanta – que era praticamente a minha mãe – ele havia assimilado alguma coisa. Ele e Nana me criaram sozinhos, eu nunca tive uma mãe, ou melhor, eu não tive a minha mãe biológica. Essa não é uma história em que ela nos abandonou quando eu ainda era um bebê ou como ela morreu prematuramente durante o parto, não. Eduardo, meu pai, fora casado antes, o nome dela era Sibele. Ela tinha leucemia, e após alguns anos lutando, a doença finalmente a derrotou. Isso foi antes de eu nascer. Ela também era estéril, então Sibele e Eduardo haviam conseguido, meio que ilegalmente, uma mãe de aluguel. A minha mãe. Manuela.

A sua mão em meus cabelos curtos me acordou dos devaneios sobre Manuela, vire-me para ele e o encontrei sorrindo. Ele tinha o sorriso mais lindo do mundo, daqueles que mesmo se você acordar de mau humor, ele será o seu raio de sol. Faz uma manhã de merda se transformar.

- Estou cansado, mas já que a minha menina quer tanto, nós vamos. – ele disse, passando os seus dedos nas mechas loiro escuro de meu cabelo.

- Eba! – eu exclamei, e ele sorriu comigo.

O carro entrou na av. Paulista, e minutos depois estávamos estacionando na rua de trás e nós fomos andando até o Mc daquele quarteirão. Bem pertinho do metrô Brigadeiro. Estava um ventinho frio, mas num todo, a noite era agradável. Mas por pouco tempo. Sempre é por pouco tempo.

Nós escolhemos uma mesa ao fundo e nos sentamos com as nossas bandejas. Incrível como ele conseguia comer tanto. Um big mc e um mc lanche feliz mais a torta de maçã enquanto eu estava feliz com o meu x-burguer e suco de laranja. Ocasionalmente eu roubava uma ou duas batatas dele, mas papai só sorria e então reclamava que eu deveria comer mais. Ele, sendo homem, não entendia o quão ruim era estar com vários quilos a mais. Eles não se importam com coisas assim, é supérfluo, fútil. A vida é tão cheia de preocupações, uns quilos a mais só pioram. Mas não é bem assim, não quando você é uma garota. Uns poucos quilos a mais podem acabar com qualquer uma, e a que não ligar pra isso, que atire o primeiro bolinho.

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sexta-feira, maio 13, 2011
Bem, meninas e meninos, eu tenho boas notícias. Na última sexta-feira o meu pen drive simplesmente não abria no meu pc, no notebook da minha mãe ou no notebook do meu terceiro pai. Eu entrei em desespero, claro. Eu chorei, eu quis morrer porque sete anos de trabalho estavam ali dentro. Tanto poemas como textos e histórias, estava tudo ali dentro e eu simplesmente perdi tudo.

No sábado eu conversei com um vizinho do meu pai que arruma/conserta/vende computadores. Eu expliquei a situação e pedi ajuda divina. Ele me disse que o meu problema poderia ser resolvido pelo Hospital do HD, que é uma empresa bem interessante que trabalha no ramo de recuperação de dados de vários dispositivos. Pen drive é um deles.

O único problema é o valor do serviço, que eu não tenho.

Mas eu sei que eles podem me ajudar e eu vou conseguir o dinheiro para pagar o conserto. vou fazer blogs, guardar um pouco, vender alguma coisa, sei lá. Eu vou conseguir.

Sim, eu disse que tinha boas notícias, mas essas não são boas, né. Eu sei, isso foi apenas uma introdução. Antes de começar a postar as minhas histórias no orkut, eu postei em vários sites, tal como o Nyah! Fanfiction, o Autores e o Recanto das Letras. Claro que eu não postei tudo, óbvio, mas há várias coisas minhas por aí. Fora o que eu enviei por e-mail/msn para amigas. O que eu quero dizer é: eu consegui recuperar várias coisas. Vários poemas, Vermilion e algumas das partes dele, alguns contos.

E antes que você pergunte, não, eu não recuperei o arquivo de Lúgubre ou Calamidade. A outra boa notícia é que eu havia mandado para a Patrícia Camargo a Web e o Livro de Lúgubre. Não era original, com tudo que eu havia escrito, claro, só se passar poucas informações. A web só tinha o prólogo e uma partezinha do capítulo um e o Livro também, prólogo mais capítulo um.

Isso me anima? Sim, claro como o inferno que sim. Significa que eu posso escrever Lúgubre sem problemas. Mas ao mesmo tempo me deixa meio vazia, pois eu também tinha outras histórias que gostaria de ter comigo. Não só para escrever, mas para olhar na pasta e vê-las lá, bonitinhas. E eu não posso.

Mas tudo bem, eu tenho alguma coisa aqui e vou trabalhar com isso.

São 4:16 da manhã e eu estou desde a uma escrevendo Lúgubre, não vou dizer que fiz muito progresso, mas consegui arrumar várias coisas que estavam me incomodando e não ficar tão atrasada. Eu não prometo postagens em breve, porque vocês me conhecem e eu quero ter cem membros antes de postar o capítulo um. É, sou má. Quero teorias sobre o prólogo, quero comentários, quero participação de vocês.

E ah, eu quero agradecer a todas as lindas maravilhosas que falaram comigo no msn ou no twitter, que me deram força na sexta, no sábado, todos esses dias. As lindas que me andaram os arquivos, as lindas que me ajudaram muito, muito mesmo.

É isso, bom é isso suas lindas. Booom dia e que passarinhos cantem na janela de vocês, assim você se sintam como princesas da Disney.